8.8.14

PREFÁCIO

Há quem amou demais
Há quem chorou demais
E quanto tempo não dão atenção
Ao seu pobre coração


Não se atreve a falar
Não se permite errar
Quem inventou a dor 
Esqueça o ardor
Afinal...


Doeu, deixe curar.
Ficou, deixe passar!
O árduo é trivial, mas a afeição... é etérea!


Mais que uma razão para se viver
Uma verdadeira causa pela qual morrer
Seja o prólogo de quem viveu
A preparar o seu epílogo 
E dito, deu fé


Se Deus te desse só o amanhã pra sentir
O que nunca sentiu, sentiria?
Se de fato fosse mesmo o último adeus
Onde há de estar o seu amor?
E, assim, viva como quem soube que vai morrer
Morra como quem um dia soube viver...




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