8.3.15

DR. CEGONHA.


 GRAVIDEZ MÚLTIPLA
Desde 1978, quando Louise Brown, o primeiro bebê de proveta do mundo, nasceu na Grã Bretanha, os métodos de reprodução assistida sempre foram associados às gestações gemelares (filhos gêmeos) ou múltiplas (mais de três gêmeos). Isso porque, no início deste processo, o útero da mulher recebia muitos embriões. Uma forma de garantir que ao menos um levaria à gravidez.
A questão é que em muitos casos acontecia de um número maior de embriões fecundarem, ocasionando o nascimento de três, quatro, cinco ou mais filhos gêmeos. A realidade atual, contudo, já é diferente. “Existe uma resolução do CFM (Conselho Federal de Medicina) para que em mulheres de até 35 anos sejam implantados até dois embriões. Em mulheres de 36 a 40 anos, até três e em mulheres acima de 40 anos, até quatro”, esclarece Karla Zacharias.
A evolução da medicina reprodutiva permite que atualmente sejam selecionados apenas os melhores embriões para fecundação. Isso ajudou a diminuir a incidência de gestações múltiplas e gemelares. “Na América Latina apenas 8% dos casos hoje é de gravidez múltipla, enquanto nos EUA não ultrapassa sequer 1,5%”, revela Romano.
Para quem sonha ter um bebê, no entanto, o nascimento de mais de um filho é uma dádiva e nunca um problema. Joelma Inácio, 36, teve gêmeos após realizar uma fertilização in vitro. Ela conta que, em razão de uma endometriose severa, não conseguia engravidar. “Passei por três cirurgias para limpar os focos da infecção, mas em 2010 perdi minha segunda trompa e tive de recorrer à reprodução assistida”, diz.
Joelma fez o tratamento na Chedid Grieco e passou por três tentativas até que pudesse, finalmente, ser mãe. “Já havia tentado em 2008 e em 2011, mas só na terceira vez deu certo. Foram implantados três embriões, e dois fecundaram”, fala, orgulhosa, a mãe de Lucas Gabriel e Luiza Maria, de pouco mais de dois meses de idade. “Se tivesse que passar por isso novamente, não pensaria duas vezes em fazer tudo de novo”, garante.
EFICÁCIA
Graças aos avanços tecnológicos, as técnicas de reprodução assistida têm um bom índice de resultados positivos quanto à gravidez. Nas últimas décadas, as taxas de sucesso mais que dobraram. “Hoje, chegam a atingir 40% de eficácia em mulheres até os 35 anos de idade”, diz Romano.
Persistência, dedicação, paciência e boa dose de fé, porém, são fundamentais para os casais que buscam a realização da maternidade. Isso porque, apesar da medicina já oferecer soluções para vencer praticamente todas as barreiras para a concretização do sonho de se ter um filho, são muito comuns os casos que necessitam de mais de uma tentativa para alcançar êxito.

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